(Rio de Janeiro, 1740 – Lisboa, 09/11/1800).
Poeta, improvisador, criador, intérprete, tradutor, libretista, foi membro da Arcádia de Roma (1772) e da Academia de Belas Artes desde sua fundação em 1774, com o nome arcádico de Lereno Selinuntino. Protegido pelo Conde de Pombeiro, viveu quarenta anos em Lisboa ate sua morte, marcando presença nos acontecimentos promovidos pela alta aristocracia, onde divulgou a modinha e o lundu trazidos por ele do Brasil. Foi autor dos libretos de duas farsas escritas por Antônio Leal Moreira: "A Saloia Namorada" (1793) e "A Vingança da Cigana" (1794), além de figurar no Jornal de Modinhas em composições de Marcos Portugal e Antônio da Silva Rêgo. Sua obra poética apresenta vários títulos dos quais duas publicações definem o Poeta: Almanak das Musas (1793) com uma única edição, repositório de sua obra erudita; Viola de Lereno (1798) com várias edições em Portugal e no Brasil, é dedicada às redondilhas de suas modinhas e lundus, sua obra de cunho popular.